O exame de Ishihara, também conhecido como teste de cores de Ishihara, é um método amplamente utilizado para detectar o daltonismo, uma condição que afeta a percepção de cores. Desenvolvido em 1917 pelo Dr. Shinobu Ishihara, um professor da Universidade de Tóquio, este teste é simples, indolor e não invasivo.
O exame consiste na apresentação de uma série de cartões coloridos. Cada cartão apresenta círculos formados por pontos de cores variadas, onde alguns círculos contêm números que são visíveis apenas para pessoas com visão normal. O paciente é solicitado a identificar os números ou símbolos exibidos em cada cartão. A capacidade de perceber esses números varia conforme o tipo e o grau de daltonismo, permitindo ao oftalmologista avaliar a condição do paciente.
O teste é realizado em um ambiente bem iluminado, onde o paciente cobre um olho e observa os cartões com o outro. Após a avaliação de um olho, o procedimento é repetido com o outro olho. O número total de acertos ajuda a determinar se o paciente tem daltonismo e qual tipo específico ele pode ter.
Existem diferentes formas de daltonismo, sendo a deficiência na percepção das cores vermelho e verde a mais comum, afetando cerca de 99% dos daltônicos. Outras formas incluem a dificuldade em distinguir entre azul e amarelo, que é menos frequente, e casos raros como a dicromacia unilateral.
Além de ser uma ferramenta eficaz para detectar daltonismo, o teste de Ishihara também pode ser utilizado na avaliação de condições que afetam o nervo óptico e a retina, contribuindo para um diagnóstico mais abrangente das condições visuais do paciente. O exame é rápido, geralmente levando cerca de 10 minutos, e não requer preparação especial ou dilatação das pupilas.